Resenha O triste fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto





´Olá gente!!!

Fazem duas semanas que li " O triste fim de Policarpo Quaresma", que foi pedido na escola, mas não foi usado, de qualquer maneira eu li, e vim contar para vocês o que eu achei.










Policarpo Quaresma é um major cheio de idéias nacionalistas que trabalha como funcionário público no início da República. Ao defender que o Tupi se torne a língua nacional, é ridicularizado e depois internado como louco. Quando finalmente é solto, vai morar no campo e resolve transformar seu sítio em sede da reforma agrária. Apóia o marechal burocrático, atual e reconhecível apesar de referir-se a um momento histórico marcante.

Edição: 1
Editora: Martin Claret
ISBN: 8572323546
Ano: 2001
Páginas: 222







Policarpo é um major totalmente nacionalista. As pessoas sempre comentaram por ele ter livros demais, ser positivo demais. Mas, tudo piora quando Policarpo decide estudar o seu país e toma uma visão de que tudo no Brasil deve ser brasileiro.  Ele mergulha em livros sobre guarani, sobre os livros, as cantigas folclóricas, ele procura pessoas antigas para conhecê-las e montar " uma festa " para promovê-las, Quaresma fica tão determinado a cumprir seu objetivo, que manda uma carta ao governo, dando o ponta-pé inicial aos problemas que o acompanham até o fim do livro.
 Passando para a segunda fase do livro, Policarpo também cria a concepção de que as terras brasileiras " dá tudo". Ele vai morar em uma fazenda chamada Sossego e lá, sem a ajuda de nenhum componente importado e tentando inclusive plantas que nascem aqui, começa seu cultivo e todos dizem sentir falta do antigo Policarpo. Decepcionou-se com seu cultivo, então ele voltou a sua ocupação inicial, o exército, vendo os erros do país, Policarpo critica o novo representante e não têm um final legal. 

"- É bom pensar, sonhar consola. 
- Consola, talvez; mas faz-nos também diferentes dos outros, cava abismos entre os homens... "


Não achei Policarpo um doido como muitos acham, pobre homem, ele tinha um objetivo e queria alcança-lo, claro, que achei ele muito vendado para os problemas do país, mas para um homem do exército, isso não é uma coisa impossível de acontecer. O livro passa pelas três bases de uma nação: A língua, a terra e o exército e ele foi falhe-o nos três. 

"E ela pensava como essa nossa vida é variada e diversa, como ela é mais risco de aspectos tristes que de alegres, e como na variedade da vida a tristeza por mais varias a alegria e como que dá o movimento da vida. 
 Verificando isso, quase teve satisfação, pois a sua natureza inteligente e curiosa se comprazia nas mais simples descobertas que seu espírito fazia. "

 A minha fase favorita foi a língua, ele sofreu muita repreensão, ao mesmo tempo, conheceu uma senhora que o ajudou a estudar a nossa cultura e foi a parte que eu mais aprendi, também gostei quando ele cismou de aprender a tocar violão e logo depois desistiu, criticando o violeiro. Dei boas risadas com a sua sobrinha, uma menina que viva correndo atrás de casamento e o noivo só enrolava ela, coitada, e acabou morrendo da forma mais inusitada de todas. 

"Outra decepção.A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções. 
A Pátria que quisera era um mito, era um fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete. Ne a física, nem a moral, nem a intelectual, nem a política, que julgava existir, havia. A que existia, era a do tenente Antonino, a do doutor Campos, a do homem do Itamarati. 
 E bem pensado, mesmo na sua pureza, o que vinha a ser a Pátria? Não teria levado toda a sua vida norteado por uma ilusão, por uma ideia a menos, sem base[...]"

 Policarpo descobriu que não é tão fácil alcançar seus ideais, que nem todo mundo que está no governo está tão interessado no país assim e o quão cruel eles podem ser. 
Eu gostei e indico para quem quer ler algo clássico, principalmente. O bom dele, é que o vocabulário difícil, vem com o significado embaixo, então ajuda bastante a entender e a ler um pouco mais rápido, do que se você tivesse que consultar um dicionário. 

Até amanhã, amores. 

BEIJOS!!!

AMY XO 











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