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A obra de ... Anthony Burgess

Olá gente!!

Eu tenho falado muito do Burgess aqui, mas prometo que hoje é o último post. Já falei demais de Laranja Mecânica aqui e para finalizar, vou falar do autor dessa obra marcante.

John Anthony Burgess Wilson nasceu em Manchester, Inglaterra no dia 25 de Fevereiro de 1917 e morreu em Londres em 22 de Novembro de 1933.
Prolixo e controverso, grande parte da sua obra ainda permanece no anonimato, sendo lembrado principalmente pelo décimo oitavo livro, Laranja Mecânica. Seus livros, críticas e resenhas são marcados por grande sátira social. James Joyce — de quem Burgess era admirador e estudioso — é considerado a mais marcante influência no trabalho de Anthony Burges.
Burgess cedo ficou órfão de mãe, vítima da gripe espanhola. John foi, desde então, criado por uma tia e, mais tarde, pela madrasta. Estudou literatura e língua inglesa na Universidade de Manchester. Foi compositor, serviu por seis anos ao exército inglês na II Guerra Mundial e tornou-se oficial na Ásia e, mais tarde, professor, trabalhando inclusive para o Ministério de Educação na Malásia. Com a luta pela independência da Malásia o deixando desempregado e tendo sido diagnosticado com um doença fatal, Burgess entrou em frenesi literário em 1959, preocupado em deixar sua esposa sem recursos financeiros. A previsão médica estava errada. Ele viveu até 1993, enquanto sua esposa, morreu1968. No mesmo ano, Burgess casou-se com Liliana Macellari, uma linguista e tradutora italiana, com quem conviveu até sua morte.
A mais célebre fábula de ficção científica de Anthony Burgess, "Laranja Mecânica", é um libelo pelo livre-arbítrio. Burgess preocupava-se com a ampla utilização do behaviorismo em clínicas, consultórios e prisões. O aumento a delinquência juvenil tanto no Ocidente capitalista quanto na Rússia soviética foi outro catalisador do livro cuja língua, inclusive, é um inglês russificado, de gírias abundantes. O autor retornou ao tema de Laranja Mecânica em Enderby Outside (1968) e A Clockwork Testament, or Enderby's End (1974), livros que tiveram fria acolhida.

  • Laranja Mecânica
  • Sementes Maldita
  • Mel para os Ursos
  • Enderby Por Dentro
  • Nada Como o Sol
  • Homem Comum Enfim
  • the Ordinary Reader
  • A Ultima Missão
  • Macho & Femea
  • Sinfonia Napoleão
  • 1985
  • O Homem de Nazaré
  • Poderes Terrenos
  • O Tocador de piano
  • Qualquer Ferro Velho

Burgess foi:Romancista, crítico, compositor, libretista, poeta, dramaturgo, roteirista, ensaísta, escritor de viagens, radialista, tradutor, linguista, pedagogo

Para saber mais sobre a obra de Anthony Burgess


BEIJOSSS!!!

AMY XO 


Laranja x Mecânica

Olá!!

Hoje eu vim aqui fazer uma análise sobre o filme de Laranja Mecânica, e por mais anti-ético que seja, vou comparar o filme com o livro sim.
                               
PODE CONTER SPOILERS AO LONGO DA ESCRITA (sabe como é, eu me empolgo :D )

O livro de Laranja Mecânica foi lançado em 1962 e o filme 1972, feito por Stanley Kubrick, mesmo sendo um ótimo diretor, o livro ainda é muito mais legal, vou pontuar aqui para vocês o que achei do livro x filme , de situação a situação.

O início

 Animated Gif on Giphy
No início do filme vemos Alex, George, Pete e Tosko, sentados no Bar Korova conversando e logo depois passa para a cena do velho cantando num túnel e toda agressão. 
 No livro temos uma descrição e explicação muito maior sobre o bar e eles mesmo, também vemos a discussão para decidir quais crimes irão praticar e o escolhido primeiro não é o " do velho" e sim um pequeno assalto , esse início deu muito mais introdução á história. 

Outra coisa que me incomodou quando descobri foi a idade, Alex , as meninas que ele encontrou na loja de discos e os seus Druguis eram muito mais novos , dando assim ao leitor uma sensação do errado, do crime , aquele choque muito maior. Afinal de contas , um menino de 16 anos fazendo tudo o que ele faz, com meninas de 14 anos ou com qualquer outro é muito mais chocante do que alguém de 20 e pouco.

 Também fiquei muito mais esclarecida quando descobri que aquele senhor que puxa o Alex quando ele acorda, não é seu pai ou padrasto e sim seu " tutor educacional" , Alex sofreu tudo o que sofreu , mas não foi de cara , ele já tinha sido preso algumas outras vezes. 

O livro mostra as tensões que ocorreram dentro do grupo antes da traição, mostra que o Alex não era o Mestre do grupo e não só George como todos os outros se revoltaram com isso.
  
 Conhecemos um Alex muito mais cruel ( ás vezes, até justo, pois é.. ) no dia-a-dia , depois de presso muito mais frágil e triste , chegando a implorar por perdão, por deus. Depois vem a fase da negação, da depressão, o abandono de seus pais, o sentir-se sozinho, nos mostra um Alex que até então não conhecíamos e que não nos é apresentado no filme.
 Animated Gif on Giphy
O final que foi proibido no filme e que deixou um grande buraco no enredo, mostrou realmente a definição, a mensagem que o autor queria a passar, a maturidade e infelizmente, devido á censura, o filme não conseguiu. Apenas uma cena, e tudo mudaria. 

Compreendo perfeitamente que um filme tenha que ser mais rápido que um livro, mas acho que dava para botar detalhes extremamente necessários para o entendimento. 
 Adoro o filme e não acho que tenha sido ruim, apesar de que , se comparado ao livro seja bem inferior. Por isso prefiro encarar os dois como obras distintas, feitas em momentos diferentes, com suas limitações, por que graças a lindeza da censura, muita coisa foi tirada. 
 Hiper indico os dois. 

Beijos!!

AMY XO 

Resenha Laranja Mecânica - Anthony Burgess

Olá gente!!!

 A resenha de hoje é um pouquinho diferente. Como laranja mecânica foi o melhor livro do mês, decidi fazer uma resenha dele. Vamos lá !


Narrada pelo protagonista, o adolescente Alex, esta brilhante e perturbadora história cria uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma reposta igualmente agressiva de um governo totalitário. A estranha linguagem utilizada por Alex - soberbamente engendrada pelo autor - empresta uma dimensão quase lírica ao texto. Ao lado de "1984", de George Orwell, e "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, "Laranja Mecânica" é um dos ícones literários da alienação pós-industrial que caracterizou o século XX. Adaptado com maestria para o cinema em 1972 por Stanley Kubrick, é uma obra marcante: depois da sua leitura, você jamais será o mesmo.
Agora em nova tradução brasileira.


Título: A clockwork orange          Editora: Aleph
ISBN: 9788576571360
Ano: 2012                                   Páginas: 352




-Escolha - resmungou uma goloz, rica e profunda. Videei que ela pertencia ao chapelão da prisão - Ele não tem nenhum escolha, tem? A preocupação consigo mesmo, o medo da dor física, o levaram a esse ato grotesco de autodepreciação Sua insinceridade estava clara. Ele deixa de ser malfeitor. Ele também deixa de ser uma criatura capaz de escolha moral. 
  - Isso são sutileza - o Dr. Brodsky meio que sorriu - Não estamos preocupados com o motivo, com uma ética superior. Estamos preocupados apenas em reduzir o crime...

- Eles sempre vão longe demais - ele disse, secando um prato meio distraído. - Mas a intenção é o verdadeiro pecado. Um homem que não pode escolher deixa de ser homem.



- Alguns de nós têm de lutar. Existem grandes tradições de liberdade a defender. Não sou homem de partidos políticos. Onde vejo a infância busco erradicá-la. Nomes de partidos nada significam. A tradição da liberdade significa tudo. As pessoas comuns deixarão isso passar, ah, sim. Elas venderão a liberdade por uma vida tranquila. É por isso que elas devem ser espicaçadas, espicaçadas... -

Liberdade de escolha é mesmo tão importante? O homem é capaz disso? O termo "liberdade" tem mesmo um significado intrínseco? São questões que preciso perguntar e tentar responder.

Talvez não tenhamos obrigação nenhuma de gostar de Beethoven ou de detestar Coca-cola, mas é, pelo menos, concebível que sejamos obrigados a não confiar no Estado. .... "Resista muito, obedeça pouco"

Beijos !!!

AMY XO