A menina que roubava livros - O filme.

Oláaa!
Faz uma semana aproximadamente que assisti " A menina que roubava livros". O filme está estreando hoje nos cinemas de todo o Brasil e vou falar o que achei dele agora.



Lembrando, eu não li o livro, por isso qualquer possível comparação será baseada no que amigos que leram me contaram. 

O filme se passa durante a segunda real e na Alemanha nazista. Liesel é a personagem principal, e vive com seu pai e mãe, são uma família humilde e lutam para ter o mínimo de qualidade de vida. Eles abrigam também Max, um judeu que vive ali clandestinamente e faz a família de Liesel viver atenta e correndo perigo de ser descoberta e punida pelos oficiais nazistas, ainda sim ela não se importa pois se torna uma grande amigo do hóspede. 
 Liesel sempre gostou muito de ler, incentivada pelo pai e Max, porém não tinha muitos livros, durante uma noite , em um ritual de queima de livros dos nazistas, ela rouba seu primeiro livro. Sendo pobre, Liesel, sempre ajuda sua mãe levando roupas que ela passa de volta aos clientes e um dia a dona de uma dessas casas chama ela para dentro para conhecer sua biblioteca e a partir deste ponto, sua paixão por livros só aumenta.
 
 No entanto quem escuta a história ou lê a sinopse do filme parece ser só uma história sobre livros ou algo do tipo, mas só o cenário já traz uma carga histórica e de tensão. As cenas de pais e amigos sendo chamados para o exército, o desespero da família e a aceitação por saber que não tem outro jeito, crianças sendo recrutadas, a correria ao anúncio de um ataque aéreo, o medo de falar algo contra o regime e ter que deixar o que gosta como ler e assistir alguns filmes por ser proibido, pessoas boas sendo caçadas dentro de suas próprias casas e o final do filme, mostram uma triste realidade do passado e dá uma grande importância a história. 

Particularmente, adorei o Pai dela ( Hans Hubberman) e seu amigo ( Rudy), eles sempre incentivam a Liesel a ler, a não ser tão seguidora das regras nazistas. O Rudy é uma gracinha, um amigão, engraçadio , preocupado e as cenas dele pedindo beijo pra ela são bem engraçadas. Mas claro que o meu personagem favorito é o Max, talvez por ser Judeu, ele sempre lia, incentivava a leitura, a amizade com a Liesel era muito legal, como um irmão mais velho e quando ele teve que ir me emocionou. 
 O filme mostra muito a forma de lidar com perdas e morte, apesar de eu achar que foi dada pouca importância as perdas durante o filme, Liesel perde muita gente e muita coisa no decorrer da história , " A menina que roubava livros " é todo narrado pela morte, e confesso que demorei um pouquinho a perceber isso

 O filme é emocionante mas com partes engraçadas e meigas, o cenário é muito bonito, a história muito interessante e os atores ótimos. 
 Talvez se tivesse lido o livro não teria gostado tanto, mas como estão avaliando exclusivamente como filme, achei ótimo, recomendo para todo mundo. 
 Corre nos cinemas e escolha " A menina que roubava livros" para assistir, depois volta aqui e diz para gente o que você achou. 
Beijooos!
AMY XO 

[ Resenha especial ] Nas entrelinhas do Horizonte de Humberto Gessinger


Oláaaa gente!

Hoje vim mostrar pra vocês a lindeza que tá o trabalho gráfico feito no livro "Nas entrelinhas do Horizonte" de Humberto Gessinger lançado pela editora Belas Letras.




1984, nova adaptação.

Oláaa !
Na época em que li o livro 1984, assisti o filme logo em seguida. Foi um filme bem pesado, no entanto realista e apesar de algumas coisas não terem nada haver com o livro, no geral foi incrível. Retratou tudo muito bem, mas foi uma experiência tensa, quase um suspense.



Os protagonistas realmente passavam toda o sofrimento e repressão do mundo do livro:


Essa semana, então, li na internet que o livro 1984 terá um novo filme baseado. E o que me preocupou nesta notícia foi a escolha de Kristen Stewart, que declarou está receosa com a adaptação, como protagonista. 
Vamos acompanhar as gravações e torcer para que não estraguem este filme e história tão boa. O Grande irmão está lher observando produtores, diretores e todo o elenco. 


Beijooos!! AMY Xo

Resenha Extraordinário- R.J Palacio





Oláaaa!!!

Hoje a resenha é do melhor livro que li este mês. De tanto falarem resolvi ler, veja o que achei de Extraordinário. 




Extraordinário
August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade... até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.


Narrado da perspectiva de Auggie e também de seus familiares e amigos, com momentos comoventes e outros descontraídos, Extraordinário consegue captar o impacto que um menino pode causar na vida e no comportamento de todos, família, amigos e comunidade - um impacto forte, comovente e, sem dúvida nenhuma, extraordinariamente positivo, que vai tocar todo tipo de leitor.

Título Original: Wonder
Autora: R.J Palacio
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580573015
Ano: 2013
Páginas: 320


Esta resenha não contém Spoilers

Extraordinário conta a história de August, um menino que nasceu com uma combinação de doenças raras que geraram defeitos faciais. Auggie passava por inúmeras cirurgias e por isso nunca frequentou a escola, sua mãe sempre ensinava as matérias para ele e com ajuda se sua irmã ele aprendia tudo. Porém um dia sua mãe resolve matriculá-lo na escola Beecher Prep, claro que Auggie resiste e diz que não vai à escola, seu pai então começa a conversar com ele e quando seus pais dizem lhe dizem que o nome do diretor da escola é Sr. Buzanfa, Auggie aceita ir pelo menos conhecer a escola. 
 Chegando lá, Sr. Buzanfa escolheu três alunos para apresentar a escola ao Auggie, Charlotte, Julian e Jack Will. Charlotte é uma menina boa e certinha por isso trata Auggie super bem, Julian é um daqueles mauricinhos e recebe o conselho de sua mãe que ele não precisa ser amigo de August e Jack é muito legal e desde o início se torna amigo dele. 
 A partir daí acompanhamos os pontos de vista de cada personagem sobre o August e o seu próprio ponto de vista. Vemos como pessoas com deficiência , pelo menos o Auggie, tem a consciência de que olhamos para ele diferente, querem ser vistos como normais ainda que eles não entendam o porque da insistência de todos quererem que eles se sintam assim, por já se sentirem completamente normais. 

" Deveríamos ser lembrados pelas coisas que fazemos. Elas importam mais do que tudo. Mais do que aquilo que dizemos ou do que nossa aparência. As coisas que fazemos sobrevivem a nós. " Pag 72 Preceito#2

Os preconceitos sofridos por August, a força que ele tem diante deles, a habilidade de rir do seu próprio problema e passar energia positiva para os outros é um exemplo a ser seguido por qualquer um. Nós "perfeitos" reclamamos de tanta coisa e um menino com tantos problemas é feliz. A família dele dá total apoio e compreensão, começando por sua irmã Via que, mesmo em momentos difíceis entende a atenção de seus pais volta pro irmão, até o namorado de Via, Justin, que ajuda o Jack a defender-se. 

" Eu vi August depois das cirurgias... Depois que você vê alguém passando por isso, parece loucura reclamar por não ter ganhado o brinquedo que pediu ou porque sua mãe perdeu a peça da escola " Via - pg 89

É difícil encontrar um personagem favorito, mas gostei muito da simpatia e compreensão do Justin, da Miranda, a Summer que se tornou amiga do Auggie logo de início sem preconceitos ou pena. Os preceitos do professor Browne, são muito criativos, estou pensando até em praticá-los. 
 Extraordinário não é um livro que te faz ter várias emoções ou cheio de ação é simplesmente a história de um menino entrando na escola, mas essência escondida por trás de cada amizade feita por Auggie, cada situação constrangedora e difícil superada por ele com educação e simpatia e a maneira como ele afeta todos a sua volta, é encantador e uma grande lição de vida. 
 PS.: Se você curte Star Wars, vai adorar o livro, amei as referências feitas. 

Com leitura fácil e fluida, personagens fofos e bem construídos e uma história linda que ganhou meu coração, extraordinário ganha:
 e já estou esperando um novo livro da R.J Palacio. 

Curiosidade: Confirmando a maneira de escrever Beecher Prep, descobri que a escola existe mesmo. Será que o Sr. Buzanfa também? 
Acesse o site da escola: http://www.beecherschools.org/middleschool/ 

A obra de Markus Zusak

Olaááá gente!

Com o lançamento do filme " A menina que roubava livros" este livro voltou ao auge, junto com o autor. Vamos conhecer um pouco de Markus Zusak.
 

Zusak nasceu em Sydney, Austrália. Sua mãe, Lisa, é Alemã, e seu pai, Helmut, é Austríaco. Eles se mudaram para a Austrália no final de 1950. Markus  é o mais novo de 4 irmãos, duas meninas e um menino.
Zusak é o autor de cinco livros. The Underdog  (não publicado em português), seu primeiro livro, levou sete anos para ser publicado. O mensageiro , publicado em 2002, venceu o prêmio de livro do ano no CBC (prêmio australiano de livros). Em 2005, A menina que roubava livros foi lançado e, atualmente, já foi traduzido em mais de 30 idiomas. Também recebeu prêmios na Austrália e pelo mundo. A menina que roubava livros se manteve em primeiro lugar de vendas no site da Amazon.com , na lista dos mais vendidos do The New York Times, e também em países como o Brasil, Irlanda e Taiwan. Ficou entre os 5 mais vendidos no Reino Unido (UK), Israel,Espanha e Coreia do Sul. Outros países ainda esperam por seu lançamento. O Livro está sendo adaptado para o cinema, com estréia prevista para 2014 .
Aos 30 anos, Zusak já se firmou como um dos mais inovadores e poéticos romancistas dos dias de hoje. Com a publicação de "A Menina que Roubava Livros", ele foi batizado como um "fenômeno literário" por críticos australianos e norte-americanos. Zusak é o autor vencedor do prêmio de quatro livros para jovens: "The Underdog (não traduzido para o portugues)", "Bom de Briga", "A Garota que eu quero", e "Eu Sou o Mensageiro", receptor de um Printz Honor em 2006 por excelência em literatura jovem. Markus Zusak vive em Sydney com sua esposa e sua filha. Gosta de surfar e assistir filmes em seu tempo livre.

Obras 

  • The Underdog (1999) - O Azarão
  • Fighting Ruben Wolf (2000) - Bom de Briga
  • When Dogs Cry (2001) - A Garota Que Eu Quero
  • The Messenger (2002) - Eu Sou o Mensageiro
  • The Book Thief (2005) - A Menina que Roubava Livros
  • Bridge of Clay - A Ponte de Clay, ainda não publicado.

Obrigada gente, até a próxima . 
Beijoooos!


Os maiores sociopatas da literatura.

Oláa gente!!

Vi uma matéria muito legal essa semana e vim aqui postar para vocês. Como vocês sabem e devem ter notado de acordo com meus livros favoritos, eu adoro um livro com um bom "vilão" como destaque. 

Sociopatia é definida por um quadro de violação dos direitos da sociedade e desprezo as normas sociais. É impulsivo, agressivo, imprudente, sem se importar com a família ou com a pessoa que ele feriu. 

10. Becky Sharp — Vaidade e Beleza, de William Makepeace Thackeray


Becky é uma orfã que tem como objetivo subir na sociedade, para isso ela seduz homens casados, engana credores e ajuda seu marido a trapacear. Ela não cria laços com niguém, nem mesmo com seu próprio filho e marido. Becky possui uma voz encantadora, é atriz e pianista além de muito charmosa. 

9. Anton Chigurh — Onde Os Fracos Não Têm Vez, de Cormac McCarthy


Anton é um assassino que sente prazer em matar pessoas  sem qualquer remorso, decidindo, as vezes, seus destinos no cara ou coroa. Matava principalmente perfurando os crânios com uma furadeira. Ele suporta várias feridas físicas e ossos quebrados.

8. Tom Ripley — série The Ripliad, de Patricia Highsmith


Tom é um orfão que tem como aspiração ascender na sociedade. Não contente em ser um vigarista, Tom conhece um senhos rico, mata-o e assume sua identidade. Tom aproveita a “boa vida” usando o dinheiro do falecido e, insensivelmente, assassina qualquer um que ouse começar a suspeitar de sua fraude. Não combina com a Becky?


7. Hannibal Lecter —Dragão Vermelho e outros, de Thomas Harris


Hannibal assistiu sua irmã ser vítima de canibalismo quando tinha 8 anos. Por isso começa a matar todos que participaram de seu assassinado, mas acaba se tornando um assassino em série e um canibal, ele escapa da prisão ao cortar o rosto de um vigilante e usá-lo como máscara. Hannibal era Psiquiatra licenciado e renomado, chamoso, amante de música, bibliófila e epicurista. 

6. Frank — The Wasp Factory, de Iain Banks


Frank mata tem suas três primeiras vítimas aos dez anos, porém considera isso uma fase. Ele cria um aparelho que força vespas a escolherem o método através do qual se darão suas respectivas mortes e ritualisticamente mata os animais de grande porte para colocar as suas cabeças em " mastros de sacrifício" ao redor da ilha onde mora. 

5. Iago — Otelo, de William Shakespeare


Iago é um assessor "honesto" de Otelo, porém foi rejeitado para uma promoção. Iago planeja derrubar Cássio, o ganhador da promoção, convence seu chefe de uma infidelidade da esposa e planeja destruir Otelo. Iago é mentiroso, manipulador e muito maquiavélico. 

4. Cathy Ames (ou Kate Amesbury) — A Leste do Éden, de John Steinbeck


Cathy possuia pais atenciosos e carinhosos, até ela matá-los ateando fogo na casa. Quando jovem, ela leva um de seus professores a cometer suicídio, seduz um homem casado e incrimino dois meninos por estupro. A partir daí, passa a vida manipulando homens, chegou a casar e matar seu marido a sangue frio após tentar abortar seus gêmeos com uma agulha. Ela abandona a família, muda de nome para Kate Amesbury e vai trabalhar num bordel, faz amizade com a dona e a envenena lentamente até a morte. Transforma então o bordel em um centro de depravação focado no mais obscuros desejos sexuais, além de colecionar objetos dos clientes para chantagens. Quando um de seus filhos se suicida por descobrir quem sua mãe é, ela continua indiferente 

3. Alex — Laranja Mecânica, de Anthony Burgess


Alex e seus “drugues” eram tão “hardcore” que referir-se aos seus atos como violentos seria um eufemismo. Suas noites de ultra-violência incluíam assalto, estupros, espancamento de moradores de rua, roubos, brigas violentíssimas, entre outros.Quando parava de drogar e estuprar menininhas de 10 anos de idade e de assassinar as mulheres mais velhas, Alex passava os dias descansando em seu apartamento, fantasiando sobre mais violências enquanto relaxava ao som de música clássica. Nem a cadeia foi o suficiente para reformá-lo. Acaba espancando até a morte um colega de cela ao qual achava desagradável e isso faz com que, então, seja convidado a participar de uma técnica experimental para controlar seus impulsos obscuros a fim de inserí-lo na sociedade sem posteriores danos. A partir de então inicia-se a sua conhecida e aclamada (sobretudo bizarra) trajetória, que levanta profundas reflexões a respeito da natureza humana e da vida em sociedade.

2. Kevin — Precisamos Falar Sobre o Kevin, de Lionel Shriver


Descrito como portador de “uma apatia tão absoluta que é quase como um buraco no qual você pode perder-se dentro”, Kevin mostrou-se frio e insolente assim que saiu do ventre de sua mãe. Suas maiores maldades e seu maior desprezo são reservados especialmente a ela – e acaba tendo outro filho apenas para se sentir conectada com algum membro de sua família –, embora as tendências malignas de Kevin não se estendam somente a genitora. Dentre outros atos perversos, Kevin mata o hamster de estimação de sua irmã e é suspeito de cegá-la com um desinfetante. Apesar de todos esses “pormenores” (nos quais a perversidade passa despercebida aos olhos de outras pessoas além de sua mãe, Eva), seu pai decide que seria ótimo ensiná-lo a tornar-se um exímio arqueiro – um hobby bastante adequado a um jovem psicopata, por sinal. Evitando estragar uma instigante experiência com o livro ou com o filme, não serão ditos spoilers. Basta dizer que é um tanto óbvio que as coisas terminem de uma maneira não muito boa.

1. Patrick Bateman — Psicopata Americano, de Bret Easton Ellis


Entre comparar cartões de visita e tomar coquetéis com outros investidores bancários, Patrick se ocupa com insensíveis assassinatos e sessões intensas de tortura. Após matar um colega de trabalho, perde o controle de seus impulsos violentos e passa a praticar necrofilia, canibalismo (chega a fazer bolo de carne com uma moça), mutilação e horripilantes assassinatos envolvendo motosserras, furadeiras e até mesmo ratos. O charme de Bateman, seu completo desapego a tudo e a sua ausência absoluta de emoção ou remorso faz com que ele seja o mais perturbador sociopata de nossa lista.


Beijos!!!
AMY XO

Post baseado em Literatortura

Resenha Memorial do Convento - José Saramago

Oláaa gente. Tudo bem como vocês?

Hoje a resenha é sobre um livro que ganhei de presente de uma amiga, além de ter sido escrito por um dos meus autores favoritos, José Saramago.

"(...) A pretexto de escrever um livro sobre a história da construção de um convento em Mafra no século XVIII, Saramago inventou uma história outra, na qual entram outras famílias inesquecíveis a dos Sete-Sóis e a da Sete-Luas, e mais padre Bartolomeu de Gusmão com sua passarola, e o compositor Scarlatti com seu órgão e sua música, e mais reis e rainhas e princesas, e mais uma pedra descomunal que precisa ser transportada a longa distância, e o que acontece durante o transporte. Que pretende - e que consegue - José Saramago com seus livros poderosos? Para mim, isto: fazer o que fez Homero antes dele, isto é, escrever histórias aparentemente reais mas inventadas com tanta competência que depois de lidas passam a ser reais e a fazer parte da longa e sofrida experiência humana. Minha sugestão é: descubram José Saramago e façam dele uma possessão ultramarina particular de cada um e aproveitem."

Autor: José Saramago
Editora: Bertrand Brasil
ISBN: 852860022X
Ano: 2004
Páginas: 352




Não existem Spoilers nesta resenha



Memorial do Convento conta três histórias amarradas todas em um mesmo ambiente. Conhecemos logo no início Dom João V  que sonha em ter um herdeiro, porém, depois de muito tempo sua mulher nunca engravidou, então El rei promete construír um convite Franciscano em Mafra, se sua mulher engravidar - ainda que seja menina. 
 Como na maioria dos livros de Saramago, bem no começo, já nos deparamos com uma crítica a religião. Chega o dia tão " esperado" por muitos, o dia da caçada e condenação de todos considerados bruxos e não religiosos ( hereges em geral) , que de acordo com a rainha, é um dia divertido, quase de festa. 
 Neste dia a mãe de Blimunda é pega e condenada a ser morta, esta parte nos mostra a carga emocional e o quão era a inquisição, eu fiquei triste em ler os comentários de ambas. Blimunda tem o dom de ver por dentro das pessoas, seu coração, suas intenções. Durante a movimentação da condenação da mãe, ela conhece Baltazar sete-sóis e desde então começa um romance considerado errado para os conceitos da época, mas eles são tão perfeitos um para o outro, é um romance tão comovente. Após unir-se com Baltazar sete-sóis, um ex-soldado de guerra que não tem uma mão e utiliza um gancho em seu lugar, Blimunda passa a chamar-se Blimunda sete-luas. 
E por fim temos o Padre Bartolomeu, que, sem temer os julgamentos de bruxaria, sonha em voar. Pe. Bartolomeu começa então a construir a Passarola, um transporte que movido a forças misteriosas pode realizar este sonho. Com a ajuda de Baltazar e Blimunda conhecemos cada vez mais este trio. Porém, durante uma manutenção na geringonça, Baltazar voa e não volta mais e Blimunda sai a sua busca. 
 Acompanhamos também a construção do Convento, os Franciscanos e fiéis indo para lá. 

"... que os homens são nascidos sem asas, é o que há de mais bonito, nascer sem asas e fazê-las crescer, isso mesmo fizemos com o cérebro, se a ele fizemos, e elas faremos, adeus minha mãe, adeus meu pai. "

Este é mais um dos romances históricos de Saramago. Se passa em um momento histórico real e mostra a inquisição, mostra a realeza e desconstrói a igreja " perfeita", a visão de Blimunda dá o toque místico da história.

" Apenas disseram adeus, nada mais, que nem uns sabem compor frases, nem os outros entendê-las, mas , passando o tempo sempre se encontrará alguém para imaginar que estar coisas poderiam ter sido ditas, ou fingi-las, e , fingindo, passam então as histórias a ser mais verdadeiras que os casos verdadeiros que elas contam ."

Me sinto meio triste em dizer que não gostei tanto deste livro quanto os outros que li do Saramago ou quanto as pessoas que conheço gostaram. Foi tudo muito bem construído, o romance de Baltazar e Blimunda é emocionante, no entanto achei a narrativa meio lenta, talvez não fosse o momento certo, mas levei muito tempo para ler este livro por desânimo, lia 10 páginas e fechava. Achei o início muito bom e da página duzentos para frente também, mas estas cento e cinquenta páginas que ficaram entre me tiraram a animação.
 Sem dúvidas lerei este livro de novo porque preciso prestar mais atenção nele. Blimunda é uma das minhas personagens favoritas, ela é esperta, consciente, forte. Ela fala muito sobre o comportamento das pessoas diante da religião, das coisas da alma. Quando Blimunda toma a hóstia utilizando a visão dela é muito interessante os questionamentos que ela levanta e as afirmações que ela faz. Na passagem em que Blimunda diz que nunca verá o interior de Baltazar, ainda que ele insista, é tão bonito e delicado.

"Pudesses tu ver a nuvem fechada que dentro de ti está,Ou de ti, Ou de mim, pudesses tu vê-la, e saberias que é bem pouco uma nuvem do céu comparada com a nuvem que está dentro do homem, Mas tu nunca viste a minha nuvem, nem a tua, Ninguém pode ver sua própria vontade."   
           Diálogo entre Blimunda e Baltazar. página 106

Não posso negar que este livro tem muito de Saramago, apesar de ter sentido falta da acidez presente em Caim, tudo muito bem amarrado, as três histórias se convergindo e afetando uma à outra, é sempre um prazer ler algo de Saramago e perceber o quão bem ele escreve. Ainda que tenha me decepcionado um pouco com esta obra, ainda sou uma fã de Saramago.

Por estes motivos Memorial do Convento ganhará:
 AMY XO
BEIJOOS!

Have a Break - Once Upon a time

|Oláaa!

No Have a Break de hoje vamos falar de uma série que eu adoro.



Comecei a assistir "Once Upon a time" assim que estreou aqui no Brasil, porém como acompanhava pela TV e estava acompanhando umas quatro séries simultâneamente, ao fim da primeira temporada, eu parei de assistir. Este ano terminei todas os episódios lançados até agora e está tão legal.

A história de Once Upon a Time se passa um pouco aqui, um pouco no mundo mágico. A rainha má fez um feitiço para destruir o mundo mágico e mandou todo mundo para o mundo onde só havia tristeza, a terra. Para salvar sua filha, Branca de neve e o príncipe encantado coloca sua filha em um armário mágico construído por Gepeto antes de toda a destruição. Nesta história de destruir o mundo mágico Bella, Branca, Príncipe, Bruxa má, Rumpelstiltskin, anões e todos os outros seres mágicos vêm para a terra.
 

 Enquanto isso na visão do nosso mundo conhecemos Regina, a prefeita da cidade de Storybrook e "mãe" de Henry. Quando a verdadeira mãe de Henry, Emma, volta para a cidade para buscar o menino, Regina decide lutar por ele. Mary Margaret, professora do menino, oferece sua casa como hospedagem para Emma. As duas se tornam amigas e lutam por Henry juntas.


Como vocês já devem ter imaginado, cada personagem no mundo real foi um personagem do mundo encantado que se esqueceu quem foi por causa da mágica de transferência.

Na primeira temporada o foco é descobrirmos quem são os personagens principais no mundo encantado e lutar contra as ideias malucas de Regina e de Rumpelstiltskin.


Na segunda temporada, com a maioria dos personagens revelados e a maldição destruída, conhecemos melhor o Senhor Gold que passa a fornecer magia a Rainha má. Aparecem também alguns personagens "poupados" da maldição que ainda não conhecíamos. 

Na terceira temporada Henry foi sequestrado por Peter Pan e todos os personagens principais partem para lá para salvá-lo.


Existem também um Spin-off da série chamado " Once upon a time in wonderland", porém ainda não assisti.


Um dos meus personagens favoritos é o Henry. Ele é muito esperto e diferente dos outros personagens, ele sempre acha que tem uma solução simples e justa para tudo e até hoje ele sempre ajudou muito e esteve certo. A Emma também é muito boa, ela é forte, esperta, durona porém no fundo ela é bem sentimental. 
Claro que eu amo o casal principal, Mary Margaret e David , primeiro porque eles são muito legais, espertos. A Mary Margaret é tão doce, o David é tão corajoso. O romance deles foi interrompido várias vezes e eles estão sempre se reencontrando, eles são a prova de que o amor vence o mal na série. Na verdade esta série está cheia deste sentimento, o amor vence o mal, seja de Mary e David, Emma e Henry até mesmo Henry e Regina. 
Super indicada, se vocês já assistiram e gostaram ou vão assistir me conta aqui embaixo. Beijos!!

Lançamentos #4 - Editoras Intrínseca, Rocco, Fundamento e Gutenberg

Olá!

E as editoras não param de anunciar um lançamento atrás do outro.

A editora intrínseca este mês vem arrasando, com lançamentos que me deixaram muito curiosa. De How I Met your mother até Salinger, gostei de todos. 

O Código Bro A Garota Que Você Deixou Para Trás



A editora Rocco está com muitos lançamentos também. Vamos conhecê-los
O Cisne e O AviadorCentro e Quatro CavalosBaile de Máscaras
Onde A Lua Não Está

Cabelos arrepiados




A editora fundamento está lançando uma nova série e duas continuações. 

A Deusa CegaEU AMO HOLLYWOODEU AMO PARIS



Nossa parceira Gutenberg está lançando mais um lindo livro da Bruna Vieira este mês. Será que vai continuar tão bom quanto os outros?

A Menina que Colecionava Borboletas

Acabou!! Ufa. 
Quais os que vocês mais gostaram? Para ver as sinopses é só clicar na imagem do livro. 

BEIJOS!!! AMY XO 




Vale a Pena ... Arcadismo

Oláaaa gente!!

Hoje vamos voltar a falar um pouquinho sobre literatura. Estamos de férias mas não precisa abandonar tudo, afinal de contas. Vamos conhecer o neoclassicismo ou arcadismo que surgiu na Europa no século XVIII. O nome arcadismo é uma referência a uma região campestre de Peloponeso ( o lugar mais legal da grécia antiga em história por sinal :D ), a Arcàdia.
 O arcadismo exaltava a natureza e tudo que a compõe, outra característica é a métrica perfeita tanto na estrutura como nas rimas. É muito comum poetas arcadistas utilizarem pseudonimos de pastores

Durante o século XVIII toda a Europa passava pela influência dos pensamentos iluiministas da burguesia, gerando muitas mudanças na parte cultural Europeia. A valorização da ciência e do racionalismo, críticas a religião e a confiança no homem para promover mudanças sociais, são algumas mudanças deste período.  Durante a segunda metade do século começa a Revolução industrial na Inglaterra. 
Os Italianos, procurando imitar a lenda grega, por inspiração de Giovan Maria Crescimbeni de Macerata criaram a " Arcádia". Um grupo de escritores a favor dos ideais Neoclássicos, se vestiam como pastores e usavam tais nomes. Fez surgir no teatro o Melodrama com a obra "Metastásio" e um novo tipo de tragédia com " Mérope". 
 No Brasil estamos passando pela decadência do ciclo da mineração e da transferência da capital para o Rio de Janeiro. Em Vila Rica fundou-se a " Arcádia Ultramarina" e a publicação de Cláudio Manuel da Costa, constitui-se, então, a primeira geração literária brasileira. 
No Brasil, vive-se o momento histórico da decadência do ciclo da mineração e da transferência do centro político do Nordeste (Salvador, na Bahia) para o Rio de Janeiro.
As ideias iluministas vieram ao encontro dos sentimentos e anseios nativistas, com maior repercussão em Vila Rica, centro econômico mais importante à época, em função da mineração. A figura do “bom selvagem” de Rousseau dará origem, na colônia, ao chamado Nativismo. O acontecimento político mais importante será a Inconfidência Mineira, tentativa mal-sucedida de libertar a província das Minas Gerais do domínio colonial português. A politização do movimento apresentou-se através dos poetas árcades brasileiros, participantes da Conjuração.
A chamada "Escola Setecentista" desenvolve-se até 1808 com a chegada da Família Real ao Rio de Janeiro, que com suas medidas político-administrativas, permitiu a introdução do pensamento pré-romântico no Brasil.
Entre as características do movimento no Brasil, destacam-se a introdução de paisagens tropicais, como em Caramuru, valorização da história colonial, o início do nacionalismo e da luta pela independência e a colocação da colônia como centro das atenções.
O arcadismo é uma forma de literatura mais simples, opondo-se aos exageros e rebuscamentos do Barroco, expresso pela expressão latina "inutilia truncat" ("cortar o inútil"). Os temas também são simples e comuns aos seres humanos, como o amor, a morte, o casamento, a solidão. As situações mais freqüentes apresentam um pastor abandonado pela amada, triste e queixoso. É a "aurea mediocritas" ("mediocridade áurea"), que simboliza a valorização das coisas cotidianas, focalizadas pela razão.
Os autores retornam aos modelos clássicos da Antiguidade greco-latina e aos renascentistas, razão pela qual o movimento é também conhecido como neoclássico. Os seus autores acreditavam que a Arte era uma cópia da natureza, refletida através da tradição clássica. Por isso a presença da mitologia pagã, além do recurso a frases latinas.
Inspirados na frase do escritor latino Horácio "fugere urbem" ("fugir da cidade"), e imbuídos da teoria do "bom selvagem" de Jean-Jacques Rousseau, os autores árcades voltam-se para a natureza em busca de uma vida simples, bucólica, pastoril, do "locus amoenus", do refúgio ameno em oposição aos centros urbanos dominados pelo Antigo Regime, pelo absolutismo monárquico.
Cumpre salientar que essa busca configurava apenas um estado de espírito, uma posição política e ideológica, uma vez que esses autores viviam nos centros urbanos e, burgueses que eram, ali mantinham os seus interesses econômicos. Por isso justifica falar-se em "fingimento poético" no arcadismo fato que transparece no uso dos pseudônimos pastoris.
Além disso, diante da efemeridade da vida, defendem o "carpe diem", pelo qual o pastor, ciente da brevidade do tempo, convida a sua pastora a gozar o momento presente.
Quanto à forma, usavam muitas vezes sonetos com versos decassílabos, rima optativa e a tradição da poesia épica.
Outras características importantes são:
  • valorização da vida no campo (bucolismo)
  • crítica a vida nos centros urbanos
  • objetividade
  • idealização da mulher amada
  • inutilia truncat (cortar o inútil)
  • locus amoenus (lugar ameno)
  • convencionalismo amoroso
  • aurea mediocritas (mediocridade áurea ou ouro medíocre)
  • linguagem simples
  • uso de pseudônimos com frequência
  • pastoralismo

Autores brasileiros

  • Santa Rita Durão (1722-1784), autor do poema épico Caramuru
  • Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) Obras Poéticas e Villa Rica
  • Basílio da Gama (1741-1795), autor do poema épico O Uraguai
  • Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810), autor de Marília de Dirceu e Cartas Chilenas
  • Inácio José de Alvarenga Peixoto (1744-1793)
  • Silva Alvarenga (1749-1814),
  • Bocage (1765-1805)

Espero que vocês tenham gostado gente. 
BEIJOS!!
AMY XO