Dica - Livros da literatura francesa #1

Oi tudo bem??

Vocês devem saber que sou uma grande fã da cultura francesa em geral mas principalmente da literatura. Hoje vou indicar 5 livros, não tão desconhecidos, que eu adoro.

5- Madame Bovary - Gustave Flaubert.


Madame Bovary é considerada uma grande obra francesa e gerou muito polêmica quando foi lançada. Este livro fala sobre uma mulher ambiciosa, a sua maneira, e meio chata na minha opinião. Ela nunca está satisfeita com o que tem ainda que seu marido seja muito bom com ela e sua filha um fofa, ela sempre o trai ou quer comprar coisas novas ou o humilha. Eu terminei o livro pensando  " You Bitc*" mas a intenção do livro era causar efeito por isso adorei madame Bovary por odiar a Madame Bovary, se é que vocês me entendem. 

4- O Conde de Monte Cristo - Alexandre Dumas. 

O Conde de Monte Cristo é considerada a maior obra de Dumas junto com os três mosqueteiros. Ele conta a história de  um marinheiro que foi preso injustamente. Lá, conhece um clérigo de quem fica amigo. Quando o clérigo morre, ele escapa da prisão e toma posse de uma misteriosa fortuna. O marinheiro, agora em condições financeiras, pode vingar-se daqueles que o levaram à vida de prisioneiro. Essa história inspirou muitas séries e filmes, a mais recente é Revenge, que está fazendo muito sucesso com a sua vingança. 

3- O pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry
O que falar de O pequeno príncipe. Este livro é uma fofura de lindo além de ter vários valores e críticas sub entendidos nas situações da história. Ele fala de um piloto de avião que para em um deserto e lá ele conhece um menininho muito misterioso que o pede um desenho sem se importar de como ele está bem desenhado, então acompanhamos as aventuras deste menininho pelo universo. 

2- O corcunda de Notre Dame - Victor Hugo
As obras do Victor Hugo sempre tem um impacto muito positivo- negativo sobre mim, deixa eu explicar. Positivo porque me encantam de tal maneira que quando leio algo dele fica dificil ler outro autor e negativo por me fazer chorar rios, pensar e sentir uma pena infinita dos personagens. Em Corcunda de Notre Dame não foi diferente, nunca tive coragem de assistir os filmes ( muito mal o da Disney) porque chorava muito, sinto muita pena de tudo que o Corcunda passou sendo tão bom de coração . Corcunda é Quasimodo, um bebê abandonado no campanário da igreja de Notre Dame quando o ministro da justiça vê sua deformação, vinte anos depois Corcunda se apaixona por uma cigana que entra na igreja com o mesmo problema de sua mãe. 

1- Os Miseráveis - Victor Hugo
 
Outro livro de partir o coração por causa do querido Jean-Valjean.  Os miseráveis é considerado a maior obra da literatura francesa e não é para menos, este livro já foi reproduzido várias vezes em filmes e séries e outros livros e lido por quase todo mundo na escola, tamanha genialidade de tal obra, realidade e sentimento merecia este reconhecimento. 
Os Miseráveis conta várias histórias mas o personagem Jean-Valjean está ligado á todas elas, ele roubou um pão para sua irmã e ficou anos preso. Após fugir da prisão ele se torna prefeito da cidade, ajuda Fantine e começa a cuidar de sua filha porém sempre é perseguido por Javert. 

Espero que tenham gostado. Já leu algum destes livros ou ama algum? Nos conte. 

Beijos! AMY



A obra de Charles Baudelaire

Oláaa!!

 Esta semana li um texto de Baudelaire e achei muito bonito, então me veio a idéia de falar um pouquinho dele para vocês.

Charles-Pierre Baudelaire nasceu em Paris no dia 9 de abril de 1821 e morreu em  Paris em 31 de agosto de 1867. Ele foi um poeta e teórico da arte francesa. É considerado um dos precursores do Simbolismo e reconhecido internacionalmente como o fundador da tradição moderna em poesia, juntamente com Walt Whitman, embora tenha se relacionado com diversas escolas artísticas. Sua obra teórica também influenciou profundamente as artes plásticas do século XIX.
Baudelaire Estudou no Colégio Real de Lyon e Lycée Louis-le-Grand, em 1840 ele foi enviado para a Índia pelo seu pai, mas nunca chegou ao país, ele para na ilha da Reunião e retorna a Paris. Quando atinge a maioridade, ganha posse da herança de seu pai e por dois anos vive entre drogas e álcool na companhia de Jeanne Duval. Em 1844 sua mãe entra na justiça e sua fortuna passa a se controlada por um notário. 
 Em 1857 é lançado As flores do mal com 100 poemas, este livro é acusado de ultraje a moral pública neste ano, os exemplares são apreendidos e o Baudelaire paga uma multa de 300 francos, enquanto a editora paga 100. 
Essa censura se deveu a apenas seis poemas do livro. Baudelaire aceita a sentença e escreve seis novos poemas, "mais belos que os suprimidos", segundo ele.
Mesmo depois disso, Baudelaire tenta ingressar na Academia Francesa. Há divergência, entre os estudiosos, sobre a principal razão pela qual Baudelaire tentou isso. Uns dizem que foi para se reabilitar aos olhos da mãe (que dessa forma lhe daria mais dinheiro), e outros dizem que ele queria se reabilitar com o público em geral, que via suas obras com maus olhos em função das duras críticas que ele recebia da burguesia.
Além de ser evidentemente, um precursor de todos os grandes poetas simbolistas, Baudelaire é considerado pela maior parte dos críticos como o mais provável fundador da poesia dita moderna. Isto deve-se ao fato de que através da percepção do real, chegava sempre a um correlato objetivo para o sentimento que desejasse expressar, tal qual T. S. Eliot define o termo, observando o uso precursor de tal conceito na poesia do francês. Veja-se o poema "Correspondances" (Correspondências), de As Flores do Mal, onde Baudelaire expõe a origem de seu "projeto simbólico".
Desta forma, sua poesia tendeu para a expressão de imagens cotidianas, o "visto pelo autor", tendo o poeta sido quem melhor, em sua época, intuiu a mudança radical provocada pela metrópole sobre a sensibilidade.
Era, como os modernistas que vieram após ele, um realista que detestava o entorpecimento da reprodução do mundo em poemas e pinturas e que tinha, ao mesmo tempo, ojeriza pela subjetividade exagerada. Respondendo à pergunta, por ele mesmo formulada, sobre o que seria uma arte pura, conclui: “É criar uma mágica sugestiva, contendo a um só tempo o objeto e o sujeito, o mundo exterior ao artista e o próprio artista.” É através, naturalmente, dos sentidos, que Baudelaire apreende a realidade concreta. A mesma maneira de encarar a arte que o torna um precursor dos poetas do fim do século XIX o faz ser considerado o pai da poesia moderna.
Foi na Bélgica que Baudelaire encontrou Félicien Rops, que ilustra as flores do mal. Durante uma visita à Igreja de St. Loup, Namur, Baudelaire perde a consciência. Este colapso é acompanhado por alterações cerebrais, particularmente afasia. De março de 1866, ele sofre de hemiplegia. Ele morreu de sífilis em Paris, 31 de agosto de 1867, sem a realização do projecto de uma edição final, como ele desejava. Flores do Mal, uma vida de trabalho. Ele está enterrado no Cemitério de Montparnasse(sexta divisão), no mesmo túmulo de seu padrasto, o general Aupick e sua mãe.
Amy

Resenha Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis

Oláaa gente!

Li Memórias Póstumas novamente e minha experiência foi bem diferente da primeira.

É após a morte que Brás Cubas decide narrar suas memórias. Nesta condição, nada pode suavizar seu ponto de vista irônico e mordaz sobre uma sociedade em que as instituições se baseiam na hipocrisia. O casamento, o adultério, os comportamentos individuais e sociais não escapam à sua visão aguda e implacável, nesta obra fundamental de Machado de Assis. 

Edição: 1
Editora: L&PM
ISBN: 9788525406873
Ano: 2010
Páginas: 256










Não há spoilers!

Memórias Póstumas de Brás Cubas, começa com Brás Cubas morto e após a sua morte ele começa a refletir sobre sua vida. Este livro não tem exatamente uma história, são várias situações da vida de Brás Cubas, mas observei que um evento muito valorizado foi tudo que aconteceu a partir do momento em que Brás Cubas aceita viajar com um amigo para assuntos políticos e seus momentos com Virgília. 
 Não tenho muito o que falar sobre este livro. Na primeira vez que o li, achei bem tedioso, porém, desta vez consegui dar algumas risadas e me emocionar com a mãe de Brás Cubas.
 Cubas foi um cara sem muita sorte na vida que não casou-se com quem amava, não conseguiu fazer seu plasto ficar famoso, nada disso, porém foi amado e teve boas chances de crescer. 

 Memórias Póstumas de Brás Cubas é um livro com importante papel na literatura brasileira e escrito com grande genialidade, só por esses motivos você já deveria lê-lo, mas este também é um livro divertido, irônico e bem diferente, me senti conversando com o Cubas. 
 Gostei mesmo deste livro e outros livros do Machado já estão na minha lista, fico feliz por ter dado uma segunda chance em um momento mais favorável. 

Beijoos!
AMY XO

Caixinha de sentimentos Embriague-se - Baudelaire



É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.

Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.

E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.

Filmes da trilogia Millenium

Oiii!

Eu sempre vi a propaganda do filme " O homem que não amava as mulheres " com o Daniel Craig, e achava que não tinha continuação ou outra edição, mas descobri que existem vários filmes da trilogia. Assistir aos filmes e gostei muito, indico. Vocês sabiam que haviam tantas adaptações?

Versões americanas

Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres
Harriet Vanger (Moa Garpendal) desapareceu há 36 anos, sem deixar pistas, em uma ilha no norte da Suécia. O local é de propriedade exclusiva da família Vanger, que o torna inacessível para a grande maioria das pessoas. A polícia jamais conseguiu descobrir o que aconteceu com a jovem, que tinha 16 anos na época do sumiço. Mesmo após tanto tempo, seu tio Henrik Vanger (Christopher Plummer) ainda está à procura e decide contratar Mikael Bomkvist (Daniel Craig), um jornalista investigativo que trabalha na revista Millennium. Bomkvist, que não está em um bom momento por enfrentar um processo por calúnia e difamação, resolve aceita a proposta e começa a trabalhar no caso. Para isso, ele vai contar com a ajuda de Lisbeth Salander (Rooney Mara), uma investigadora particular incontrolável e anti social.


A menina que brincava com o fogo ainda está em produção. 

Versões Suecas




Todos dizem que a versão Sueca é muito superior mas não achei que a americana tenha deixado tanto a desejar.

Beijooos!!
 AMY XO

Os ganhadores do Oscar

Oláaaaa, gente!!


Ontem foi o dia da reunião dos nossos astros e estrelas tão queridos ou odiados de Hollywood para conhecermos quem foram os melhores do ano no cinema. Em pleno carnaval carioca, em noite de desfile, o Oscar não foi transmitido na TV aberta ao vivo, foi transmitido no dia seguinte. Porém, como sempre, a TNT transmitiu tudinho. 
 Estavam todos lindos, os vestidos deslumbrantes e foi todo mundo bem simpático no tapete vermelho. Como já era previsto, Ellen Degeneres arrasou, ri muito com as piadinhas e as trocas de roupa dela. Cada vez que vejo essas premiações gosto mais da Jennifer Lawrence, ela sempre paga algum mico, leva na brincadeira e com naturalidade e continua, além de agir como " Gente como a gente", que dá ataques quando conhecer seus ídolos, fala o que pensa e cai mesmo. 

  Eu estava torcendo para Capitão Phillips, American Hustle e Gravidade, ou pelo menos que Her não ganhasse nada e que Frozen ganhasse tudo. Nem tudo saiu como torcia, mas o oscar foi muito justo esse ano, se comparado a alguns anos. Gravidade foi o que mais levou prêmios este ano, ao lado de Clube de compradores em Dallas, mas o grande vencedor da noite foi 12 anos de escravidão. 

MELHOR FILME
12 Anos de Escravidão" 
MELHOR ATOR
Matthew McConaughey, por "Clube de Compras Dallas"


MELHOR ATRIZ
Cate Blanchett, por "Blue Jasmine" 
MELHOR ATOR COADJUVANTE

Jared Leto, por "Clube de Compras Dallas"

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Lupita Nyong'o, por "12 Anos de Escravidão" 

MELHOR DIRETOR

Alfonso Cuarón, por "Gravidade"  
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
"Ela", escrito por Spike Jonze
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
"12 Anos de Escravidão" 
MELHOR ANIMAÇÃO
"Frozen: Uma Aventura Congelante" 

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

"A Grande Beleza" (Itália) 

MELHOR DOCUMENTÁRIO

"A Um Passo do Estrelato" DOCUMENTÁRIO DE CURTA-METRAGEM
"The Lady in Number 6: Music Saved My Life" 

TRILHA SONORA
Steven Price, por "Gravidade" 
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
"Let it Go", de "Frozen" - Música e letra de Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez 

FIGURINO
"O Grande Gatsby" 

CABELO E MAQUIAGEM
"Clube de Compras Dallas" 


MELHOR CURTA
"Helium" 


MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
"Mr Hublot" 


MELHOR EDIÇÃO
"Gravidade" 

EFEITOS VISUAIS
"Gravidade" 


FOTOGRAFIA

"Gravidade" 
DESENHO DE PRODUÇÃO
"O Grande Gatsby" 


EDIÇÃO DE SOM
"Gravidade" 
MIXAGEM DE SOM

"Gravidade" 

Resenha Lolita - Vladmir Nabokov

Oláaa gente!

Hoje vim fazer a resenha de um livro que baseou um filme que adoro, conheçam Lolita.


Irreverente e refinado, este é um dos romances mais célebres de todos os tempos. É também uma aventura intelectual que não deixa ninguém indiferente, um relato apaixonado de uma sensualidade alucinada, uma autópsia implacável do modo de vida americano. De um lado, um homem de meia-idade, obsessivo e cínico. De outro, uma garota de doze anos, perversamente ingênua. A química se faz e dá origem a uma obra-prima da literatura do nosso século. 'Lolita' é chocante, desafia tabus, escandaliza. O livro foi incorporado ao imaginário coletivo da modernidade, e até o nome da personagem tornou-se um substantivo corrente, provas do alcance e da genialidade do autor

Edição: 1
Editora: Alfaguara
ISBN: 9788579620560
Ano: 2011
Páginas: 391
Tradutor: Sergio Flaksman







Nível de Spoiler:

(Spoilers muito discretos e necessários para continuidade da resenha.)





Lolita conta a história do professor de literatura Humbert Humbert que se por acidente hospeda-se na casa de uma senhora, mãe de uma menina muito atrevida. Humbert Humbert se apaixona por Dolores, que não facilita as suas tentativas de afastar-se. 

Antes de começar a ler Lolita saiba que o livro é visto pela visão de Humbert.
 No filme eu até gostei do Humbert, mas no livro descobrimos que Humbert não é um cara que se apaixonou por uma menina, ele tem essa tendência e já ficou com muitas outras " Ninfetas", como ele chama. Percebemos, até , um tom meio doentio, com suas descrições meticulosas de como uma ninfeta deveria agir, as estratégias de conquistá-la e tocá-la sem ser abusivo demais e chamar atenção, chegando ao ponto de dar remédios de sono para Lolita e sua mãe. Descobrimos, também, a possível fonte de toda essa obsessão por meninas de 12 - 14 anos, o seu único amor, na infância, que sumiu e um casamento fracassado.

Por outro lado podemos observar que Lolita também não é tão inocente, com suas roupas curtas, piscadas e provocações de várias maneira, a sexualidade de Lolita é muito viva para sua idade e isso piora toda a situação para Humbert. Mas, os comportamentos de Lolita me deixaram dúvida, por ser a visão de Humbert, ele pode ter aumentado tudo, no entanto os depoimentos da mãe de Lolita confirmam o que ele diz.

 O livro é dividido em duas partes e a partir da segunda parte ( se prestei atenção) Humbert parece estar em um julgamento de seus crimes. Se você espera de Lolita cenas eróticas ou qualquer coisa do tipo, como muita gente pensa, pode ir esquecendo! Lolita tem sim, partes do relacionamento dos dois, porém são muito poucas, até porque assim que o relacionamento realmente começou Lolita se tornou uma " diabinha" e infernizava muito Humbert.
 A narrativa ás vezes era lenta, mas acho que tais trechos exigiam isto. A mãe de Lolita é uma chata e o Humbert, ainda doentio, nos leva a entender um pouquinho o lado dele. O final é meio triste por um lado e meio esperado por outro. Imagino o efeito que este livro fez na época que foi lançado, o assunto é realmente muito polêmico.
 Gostei bastante da história, apesar de o início e algumas partes da primeira parte serem um pouco tediosas. Adoro a perspicácia de Lolita, ainda que errada, e adorei a forma como o autor desenvolveu a história, no início controlador,Humbert se torna o controlado de Lolita, quando tudo começa a dar errado. Por esses motivos, Lolita ganha:

Beijooos!
 AMY XO