Estou lendo Lolita e adorando, além de adorar o filme, por isso vamos conhecer um pouquinho sobre este autor tão incrível e criador de polêmica na sua geração.
Vladimir Vladimirovich Nabokov , nascido em São Petersburgo no dia 22 de abril de 1899 e morreu em Montreux na Suiça em 2 de Julho de 1997. Foi um escritor russo-americano. Nabokov escreveu seus primeiros nove romances em russo e então chegou à fama internacional como um mestre estilista de prosa em inglês. Também fez contribuições para a entomologia e tinha interesse em problemas de xadrez .
Lolita (1955) é frequentemente citado entre seus romances mais importantes e é o mais conhecido, apresentando o amor por intrincado jogo de palavras e o detalhe descritivo que caracteriza todas as suas obras. O romance foi classificado na quarta posição na lista dos 100 melhores romances da Modern Library. Sua autobiografia intitulada Speak, Memory foi listado na oitava posição na lista dos livros de não-ficção da Library Modern.
Nascido numa família da antiga aristocracia, em 1919, a instabilidade produzida pela revolução bolchevique (1917) obrigou-o a abandonar a União Soviética. Estudou em Cambridge e licenciou-se em literatura russa e francesa. Mudou-se para Berlim, onde iniciou sua produção literária e intenso trabalho como tradutor.
Em 1926, foi publicado seu primeiro romance, Maria, acolhido com interesse e consideração. Fugindo dos exércitos nazistas e após uma estada em Paris, chegou em 1940 aos Estados Unidos, onde se dedicou ao ensino de língua e literatura russa em várias universidades. Embora continuasse a escrever na sua língua materna, começou também a escrever em inglês, publicando o seu primeiro romance nesta língua em 1941 (The Real Life of Sebastian Knight). Publicou, em 1955, o polêmico romance Lolita em inglês.
A partir de 1958, o sucesso alcançado por seus livros permitiu-lhe dedicar-se inteiramente aos seus principais interesses, a literatura e a entomologia.
Nabokov era o mais velho dos cinco filhos do advogado, político e jornalista liberal Vladimir Dmitrievich Nabokov e sua esposa, Elena Ivanovna Rukavishnikova. Nasceu numa família rica e proeminente da nobreza sem título de São Petersburgo. Entre seus primos está o compositor Nicolas Nabokov. Passou sua infância e juventude em São Petersburgo e na propriedade rural Vyra, perto de Siversky, ao sul da cidade.
A infância de Nabokov, que ele chamou de "perfeita", foi notável em vários aspectos. A família falava russo, inglês e francês no seu agregado familiar e Nabokov era trilingue desde tenra idade. Na verdade, para grande desgosto patriótico de seu pai, Nabokov soube ler e escrever inglês antes do russo. Em Speak, Memory Nabokov recorda inúmeros detalhes de sua infância privilegiada e sua capacidade de recordar detalhes vívidos nas memórias de seu passado foi uma bênção para ele durante seu exílio permanente, bem como proporcionou um tema que ecoa desde seu primeiro livro,Mary, e por todo o caminho até obras tardias, como Ada or Ardor: A Family Chronicle. Enquanto a família era nominalmente ortodoxa, não eram muito ligados à religião e o pequeno Vladimir não foi forçado a frequentar a igreja depois que perdera o interesse. Em 1916, herdou a propriedade Rozhdestveno, perto de Vyra, de seu tio Vasiliy Ivanovich Rukavishnikov ("tio Ruka" em Speak, Memory), mas perdeu-a na revolução um ano mais tarde. Esta foi a única casa que possuiria em toda sua vida.
Obras
- Machenka (1926)
- Rei, Valete, Dama (1928)
- A Defesa (1930)
- Glória (1932)
- Riso no Escuro (1933)
- Desepero (1934)
- A dádiva (Brasil) // O Dom (Portugal) (1938)
- Convite para uma decapitação (1938)
- O olho vigilante (1938)
- A verdadeira vida de Sebastian Knight (1941)
- Lolita (1955)
- Pnin (1957)
- Fogo Pálido (1962)
- Na outra margem da memória (1966, autobiografia)
- Ada ou Ardor: Uma crônica de Família (1969)
- Transparências (1972)
- Opiniões Fortes (1973, colectânea de entrevistas, recensões e de cartas a editores e críticos)
- Somos todos arlequins (1974)
- Encantador (1986, publicação póstuma)
- O Original de Laura (2009, publicação póstuma)
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