Quantas vezes lemos livros de autores, conhecidos ou não , e gostamos tanto que queremos ler mais, só que não conhecemos outras obras dele? Pois é isso vai ser resolvido apartir de agora!
Eu sou louca pela literatura francesa , por isso vou começar com Gustave Flaubert , o escritor de madame Bovary, livro que estou lendo atualmente.

Romancista e contista , movimento realista
Flaubert foi um dos mestres do Realismo, movimento estético de reação ao Romantismo europeu no século XIX, influenciado pelas teorias científicas, aRevolução Industrial e a linha filosófica de Augusto Comte. Flaubert é contemporâneo de Baudelaire e ocupa, tal como o poeta de Fleurs du Mal, uma posição pioneira na literatura do século XIX.
A visão irônica e pessimista da humanidade fazem de Flaubert, na verdade, um grande moralista. Flaubert levou à perfeição o ideal do romance realista de harmonizar a arte e a realidade. Sua obra se caracteriza pelo cuidado na sintaxe, na escolha do vocabulário e na estrutura do enredo.
Todas as obras :
- "Rêve d'enfer" (“Paixão e Virtude”) 1837
- Mémoires d'un fou (“Memórias de um Louco”) 1838
- Novembre (“Novembro”) 1842
- Madame Bovary (“Madame Bovary”) 1857
- Salammbô (“Salambô”) 1862
- L'Éducation sentimentale (“A Educação Sentimental”) 1869
- Lettres à la municipalité de Rouen, 1872
- Le Candidat (peça), 1874
- La Tentation de Saint Antoine (“A Tentação de Santo Antônio”) 1874
- Trois Contes (“Três Contos”) (Un cœur simple (“Um Coração Simples”), La Légende de Saint Julien l'Hospitalier e Hérodias), 1877
- Le Château des cœurs (teatro), 1880
- Bouvard et Pécuchet (inacabado), 1881
- À bord de la Cange, 1904
- Par les champs et les grèves, 1910
- Œuvres de jeunesse inédites, 1910
- Dictionnaire des idées reçues, 1913
- Lettres inédites à Tourgueneff, 1947
- Lettres inédites à Raoul Duval , 1950
Obras mais famosas:
Madame Bovary
O romance conta a história de Emma, uma mulher sonhadora pequeno-burguesa, criada no campo, que aprendeu a ver a vida através da literatura sentimental. Bonita e requintada para os padrões provincianos, casa-se com Charles, um médico interiorano tão apaixonado pela esposa quanto entediante. Nem mesmo o nascimento da filha dá alegria ao indissolúvel casamento ao qual a protagonista se sente presa. Emma, cada vez mais angustiada e frustrada, busca no adultério uma forma de encontrar a liberdade e a felicidade. Apesar da intensa procura de uma vida digna, e o fato dela nao se dar valor, dificilmente consegue sentir-se satisfeita com o que é e o que tem.
“Madame Bovary”, sua mais famosa obra, é impressa na “Revue de Paris”, por Laurent Pichat e Maxime Du Camp, em outubro de 1856. Resultado de cinco anos de trabalho, o romance é uma dura depreciação dos valores burgueses. Segundo alguns críticos conservadores, Flaubert ridiculariza sua própria condição social.

Em janeiro de 1857, Flaubert senta no banco dos réus, mas é absolvido pela Sexta Corte Correcional do Tribunal do Sena, em Paris, em 7 de fevereiro de 1857, através da argumentação do advogado Sénard.
Mediante a curiosidade da época em saber quem era “Ema Bovary”, Flaubert responde apenas: “Madame Bovary sou eu”.
Salammbô
Salammbô é o nome fictício da filha de Amílcar Barca, célebre conquistador cartaginês. Durante as primeiras Guerras Púnicas, teve este de proceder à contratação de enormes contingentes de soldados mercenários que, findas as batalhas contra os romanos, acabaram rebelando-se e atacando a principal cidade da colônia africana dos fenícios.
Após um festim comemorativo feito pelos comerciantes em homenagem às vitórias, um dos mercenários, chamado Mâtho, apaixona-se pela bela princesa Salammbô, a filha do general. Consagrada para o culto à deusa Tanit, esta se conserva pura e virginal, desconhecendo a realidade mundana.
Tem início a revolta dos mercenários, por não terem recebido as prometidas recompensas, sendo Mâtho um dos seus principais chefes. Amilcar encontra-se fora da cidade, que é cercada pelos milicianos. Tomado por sua paixão desenfreada, Mâtho ocultamente penetra em Cartago, o que resulta no roubo doZaïmph - o manto sagrado da deusa - e no qual nenhum mortal poderia tocar.
O retorno de Amilcar, marcado pela oposição dos seus conterrâneos, dá início a uma longa série de batalhas, vitórias e reveses para ambos os contendores. Corajosamente, Salammbô segue ao acampamento rebelde, a fim de recuperar o objeto divino, indo diretamente à tenda do chefe revoltoso que, ante a inusitada realização de seu maior desejo - estar ao lado da amada - desfalece. A moça, assim, retorna com o manto - para isto tendo que tocá-lo.

Romance histórico sobre Cartago, iniciado em 1857. Só será publicado em 1862.
Salammbô veio após Madame Bovary. Flaubert começa sua redação em setembro de 1857, após vencer o processo instaurado contra Madame Bovary; ele relata, em sua correspondência com Mlle. Leroyer de Chantepie, que deseja desligar sua literatura do mundo contemporâneo, e de trabalhar em um romance no início da era cristã.
Em abril de 1858, Flaubert vai à Túnis para se inteirar da história, e estuda textos de Políbio, Plínio, Pausânias, Plutarco, e Heródoto. O romance é publicado de 1857 a 1862, com sucesso imediato, a despeito de algumas críticas, tais como de Charles-Augustin Sainte-Beuve, mas encorajado por Victor Hugo, Jules Michelet e Hector Berlioz.
O romance fala sobre as guerras púnicas e a cartaginesa Salammbô, baseada na história, relatada por Políbio, de uma filha de Amílcar Barca, general cartaginês que combateu os romanos na Primeira Guerra Púnica, e que havia sido prometida por seu pai a um guerreiro numídio.
Ele disse .....
- Seja normal e regular na sua vida , só assim você pode ser violento e original no seu trabalho.
- A memória é uma coisa bela , é quase um desejo que você sente falta.
- A morte de um amigo é um pedaço seu que morre.
- Os momentos mais gloriosos de sua vida não são os chamados dias de êxito, mas sim aqueles dias em que a tristeza e desespero que você sente, te traz um desafio para a vida, e a promessa de realizações futuras.
E aí gostaram? Comentem , até a próxima!
Beijos
Nunca li 'Madame Bovary', mas não é por falta de vontade acredite; portanto, é claro que eu não sabia nada sobre Flaubert e muito menos conhecia 'Salammbô'
ResponderExcluirGostei da sua ideia, vai ajudar alguns leitores (eu, inclusive)
http://queridos-sapiens.blogspot.com.br/
Vou apresentar um trabalho sobre Gustave Flaubert em uma reunião da Academia Araçatubense de Letras. Fui muito feliz encontrei aqui um pouco do que precisava. Sou apaixonada pela literatura francesa e busco sempre aprender mais.Sua ideia foi maravilhosa e ajudou muito.
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