A obra de Gustave Flaubert

Hoje vou começar uma nova sequência de posts falando sobre a vida e obra de alguns autores.
 Quantas vezes lemos livros de autores, conhecidos ou não , e gostamos tanto que queremos ler mais, só que não conhecemos outras obras dele? Pois é isso vai ser resolvido apartir de agora!
 Eu sou louca pela literatura francesa , por isso vou começar com Gustave Flaubert , o escritor de madame Bovary, livro que estou lendo atualmente.

Gustave Flaubert ( Ruão , França , 12 de dezembro de 1821 - Croisset, França, 8 de maio de 1880) foi um escritor francês. Prosador importante, Flaubert marcou a literatura francesa pela profundidade de suas análises psicológicas, seu senso de realidade, sua lucidez sobre o comportamento social, e pela força de seu estilo em grandes romances.
Romancista e contista , movimento realista


Flaubert foi um dos mestres do Realismo, movimento estético de reação ao Romantismo europeu no século XIX, influenciado pelas teorias científicas, aRevolução Industrial e a linha filosófica de Augusto Comte. Flaubert é contemporâneo de Baudelaire e ocupa, tal como o poeta de Fleurs du Mal, uma posição pioneira na literatura do século XIX.
A visão irônica e pessimista da humanidade fazem de Flaubert, na verdade, um grande moralista. Flaubert levou à perfeição o ideal do romance realista de harmonizar a arte e a realidade. Sua obra se caracteriza pelo cuidado na sintaxe, na escolha do vocabulário e na estrutura do enredo.

Todas as obras :



  • "Rêve d'enfer" (“Paixão e Virtude”) 1837
  • Mémoires d'un fou (“Memórias de um Louco”) 1838
  • Novembre (“Novembro”) 1842
  • Madame Bovary (“Madame Bovary”) 1857
  • Salammbô (“Salambô”) 1862
  • L'Éducation sentimentale (“A Educação Sentimental”) 1869
  • Lettres à la municipalité de Rouen, 1872
  • Le Candidat (peça), 1874
  • La Tentation de Saint Antoine (“A Tentação de Santo Antônio”) 1874
  • Trois Contes (“Três Contos”) (Un cœur simple (“Um Coração Simples”), La Légende de Saint Julien l'Hospitalier e Hérodias), 1877
  • Le Château des cœurs (teatro), 1880
  • Bouvard et Pécuchet (inacabado), 1881
  • À bord de la Cange, 1904
  • Par les champs et les grèves, 1910
  • Œuvres de jeunesse inédites, 1910
  • Dictionnaire des idées reçues, 1913
  • Lettres inédites à Tourgueneff, 1947
  • Lettres inédites à Raoul Duval , 1950

Obras mais famosas:

Madame Bovary

Madame Bovary
O romance conta a história de Emma, uma mulher sonhadora pequeno-burguesa, criada no campo, que aprendeu a ver a vida através da literatura sentimental. Bonita e requintada para os padrões provincianos, casa-se com Charles, um médico interiorano tão apaixonado pela esposa quanto entediante. Nem mesmo o nascimento da filha dá alegria ao indissolúvel casamento ao qual a protagonista se sente presa. Emma, cada vez mais angustiada e frustrada, busca no adultério uma forma de encontrar a liberdade e a felicidade. Apesar da intensa procura de uma vida digna, e o fato dela nao se dar valor, dificilmente consegue sentir-se satisfeita com o que é e o que tem.
“Madame Bovary”, sua mais famosa obra, é impressa na “Revue de Paris”, por Laurent Pichat e Maxime Du Camp, em outubro de 1856. Resultado de cinco anos de trabalho, o romance é uma dura depreciação dos valores burgueses. Segundo alguns críticos conservadores, Flaubert ridiculariza sua própria condição social.
Mal o livro começa a ser publicado, porém, Ulbach, secretário da “Revue de Paris”, faz objeções sobre a cena do fiacre, que foi “omitida” do número da edição. Apesar da suspensão da cena, a censura decide suspender a publicação da obra e processar o autor, sob a acusação de “imoralidade”. Na verdade, a sociedade burguesa “sentiu a força do ataque, e seus representantes desde 1848, trataram de punir o acusado”.
Em janeiro de 1857, Flaubert senta no banco dos réus, mas é absolvido pela Sexta Corte Correcional do Tribunal do Sena, em Paris, em 7 de fevereiro de 1857, através da argumentação do advogado Sénard.
Mediante a curiosidade da época em saber quem era “Ema Bovary”, Flaubert responde apenas: “Madame Bovary sou eu”.

Salammbô

Salammbô, pintura de Gaston Bussière, 1907
Salammbô é o nome fictício da filha de Amílcar Barca, célebre conquistador cartaginês. Durante as primeiras Guerras Púnicas, teve este de proceder à contratação de enormes contingentes de soldados mercenários que, findas as batalhas contra os romanos, acabaram rebelando-se e atacando a principal cidade da colônia africana dos fenícios.
Após um festim comemorativo feito pelos comerciantes em homenagem às vitórias, um dos mercenários, chamado Mâtho, apaixona-se pela bela princesa Salammbô, a filha do general. Consagrada para o culto à deusa Tanit, esta se conserva pura e virginal, desconhecendo a realidade mundana.
Tem início a revolta dos mercenários, por não terem recebido as prometidas recompensas, sendo Mâtho um dos seus principais chefes. Amilcar encontra-se fora da cidade, que é cercada pelos milicianos. Tomado por sua paixão desenfreada, Mâtho ocultamente penetra em Cartago, o que resulta no roubo doZaïmph - o manto sagrado da deusa - e no qual nenhum mortal poderia tocar.
O retorno de Amilcar, marcado pela oposição dos seus conterrâneos, dá início a uma longa série de batalhas, vitórias e reveses para ambos os contendores. Corajosamente, Salammbô segue ao acampamento rebelde, a fim de recuperar o objeto divino, indo diretamente à tenda do chefe revoltoso que, ante a inusitada realização de seu maior desejo - estar ao lado da amada - desfalece. A moça, assim, retorna com o manto - para isto tendo que tocá-lo.
Após intensas lutas, quando tudo parecia perdido para Amilcar, este sai vitorioso, e Mâtho é capturado. A jovem princesa dele se apaixonara, e sua morte por lapidação, durante os festejos de suas núpcias com Narr' Havas (outro mercenário, que desertara para o lado dos cartagineses) leva a moça a também morrer… fora-lhe fatal tocar no Zaïmph…

Romance histórico sobre Cartago, iniciado em 1857. Só será publicado em 1862.
Salammbô veio após Madame Bovary. Flaubert começa sua redação em setembro de 1857, após vencer o processo instaurado contra Madame Bovary; ele relata, em sua correspondência com Mlle. Leroyer de Chantepie, que deseja desligar sua literatura do mundo contemporâneo, e de trabalhar em um romance no início da era cristã.
Em abril de 1858, Flaubert vai à Túnis para se inteirar da história, e estuda textos de PolíbioPlínioPausâniasPlutarco, e Heródoto. O romance é publicado de 1857 a 1862, com sucesso imediato, a despeito de algumas críticas, tais como de Charles-Augustin Sainte-Beuve, mas encorajado por Victor HugoJules Michelet e Hector Berlioz.
O romance fala sobre as guerras púnicas e a cartaginesa Salammbô, baseada na história, relatada por Políbio, de uma filha de Amílcar Barca, general cartaginês que combateu os romanos na Primeira Guerra Púnica, e que havia sido prometida por seu pai a um guerreiro numídio.

Ele disse .....

  • Seja normal e regular na sua vida , só assim você pode ser violento e original no seu trabalho.
  • A memória é uma coisa bela , é quase um desejo que você sente falta.
  • A morte de um amigo é um pedaço seu que morre.
  • Os momentos mais gloriosos de sua vida não são os chamados dias de êxito, mas sim aqueles dias em que a tristeza e desespero que você sente, te traz um desafio para a vida, e a promessa de realizações futuras.


E aí gostaram? Comentem , até a próxima! 

Beijos

2 comentários :

  1. Nunca li 'Madame Bovary', mas não é por falta de vontade acredite; portanto, é claro que eu não sabia nada sobre Flaubert e muito menos conhecia 'Salammbô'
    Gostei da sua ideia, vai ajudar alguns leitores (eu, inclusive)

    http://queridos-sapiens.blogspot.com.br/

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  2. Vou apresentar um trabalho sobre Gustave Flaubert em uma reunião da Academia Araçatubense de Letras. Fui muito feliz encontrei aqui um pouco do que precisava. Sou apaixonada pela literatura francesa e busco sempre aprender mais.Sua ideia foi maravilhosa e ajudou muito.

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