Resenha Everything is illuminated - Jonathan Safran Foer .

Oláaa!
 Bem vindos a mais um resenha.
 O livro de hoje é um livro que apesar de ter gostado, me deixou um pouco confusa do início ao fim. Vou contar aqui o porque.

Everything is IlluminatedTudo se ilumina é exatamente o que não se espera de um livro sobre o Holocausto: leve, divertido, inventivo e moderno. Na verdade, só é possível perceber que esse é o tema central do romance quando já se está perto do seu final. Não é à toa que esta obra criativa e surpreendente rendeu diversos prêmios e honrarias ao seu autor, o norte-americano Jonathan Safran Foer, de apenas 28 anos.
 O jovem escritor é judeu e sempre quis saber detalhes da história de seu avô, um ucraniano que teve toda a sua família assassinada pelos nazistas e só escapou da morte graças à ajuda de uma certa Augustine, que o teria escondido dos alemães. Safran Foer nem conheceu o avô, mas cresceu ouvindo o que sua avó lhe contava sobre ele. Obcecado pela origem de sua família, o rapaz foi à Ucrânia tentar descobrir o paradeiro daquela mulher. Ele não tinha informação alguma para lhe servir de guia, sabia apenas que seu avô era de Trachimbrod, uma pequena aldeia judaica. Fora isso, ele contava com uma fotografia antiga que supostamente mostrava Augustine e seus parentes.
A idéia de Safran Foer era voltar da Ucrânia e escrever um livro de não-ficção sobre seu avô. Entretanto, a viagem não lhe rendeu as respostas que ele desejava. Augustine continuou sendo um enigma do passado. Seu projeto, portanto, implodiu. Foi quando ele teve a idéia de misturar ficção e realidade num único livro, preenchendo as lacunas de sua viagem e da história de sua família com fatos inventados.
Editora: Penguin Books            ISBN: 0141008253

Ano: 2003                               Páginas: 288


Resenha baseada no livro em inglês!

Tudo se ilumina do autor Jonathan Safran Foer conta a história de um jovem escritor de mesmo nome que viaja para a Ucrânia a procura de uma vila chamada Tranchimbrod com somente uma fotografia em busca de Augustine. Jonathan nascido em uma família judaica passou toda sua infância escutando as histórias de seu avô contadas por sua avó, que de acordo com ela, todos da família morreram menos ele, que foi salvo por Augustine. Junto com Jonathan viajam também um tradutor muito confuso, Alexander, um motorista experiente, o avô de Alex, e uma cachorrinha muito animada que logo simpatiza com Jonathan apesar de ele não gostar de cachorros. 
 Além de encontrar a Augustine e conhecer a história de sua família Jonathan também planeja escrever um livro baseado nesta viagem, que não dá muito certo desde o início e por isso o autor começa a colocar um pouco de ficção no meio. 

" Nenhuma palavra com ódio foi dita e nenhuma mão foi levantada. Mais que isso, nenhuma palavra raivosa foi dita e nada foi negado. Mais que isso, nenhuma palavra sem amor foi dita e tudo foi sustentado como pequenas partes de comprovação de isso poderia ser assim, isto não tem que ser assim; se não há amor no mundo, nós criaremos um novo mundo e nós construiremos paredes pesadas decoradas com interiores macios e vermelhos, e dar um batente que resona como um diamante caindo em um feltro de joalheiro para nunca escutarmos. Me ame, porque amor não existe, e eu já provei tudo que existe. "

 O livro é construído sobre três narrativas totalmente diferentes. A primeira acompanhamos a história narrada acima, a viagem á Ucrânia de Jonathan. Na segunda narrativa são trechos do livro de não-ficção que conta a história de Trachimbrod desde seu surgimento até sua passagem lá e a terceira narrativa são cartas entre o autor e o Alexander em que ele dá opinião sobre o livro e relembra seus momentos durante a viagem. 
 O autor escreve estas três narrativas de uma maneira tão diferente que parece que cada uma foi escrita por um autor diferente, porém a maneira que elas foram organizadas me confundiram um pouco. O livro tem muitos personagens e quando mudamos de narrativa é muito fácil esquecermos o que estava acontecendo com um ou outro personagem e isso foi o que mais me confundiu. 

" É verdade, eu tenho medo de morrer. Eu tenho medo do mundo continuar se movendo sem mim, da minha ausência não ser notada, ou pior, ser algo natural da vida. Isto é egoísta? Eu sou alguém ruim por querer que o mundo acabe junto comigo? Não digo que o mundo deva acabar por respeito a mim, mas que todo par de olhos feche junto com o meu. "

 A escrita de Foer é muito boa e o livro tem tanto senso de humor e cenas emocionantes que amenizou o assunto tão triste que ele trata, o holocausto, que só é sentido no fim do livro. Outro traço interessante da escrita neste livro foi como o autor mostrou os erros de tradução de Alex escrevendo-os e por vezes riscando a palavra incorreta e colocando a certa ao lado. Alex, para mim é o personagem mais engraçado do livro, ele além de traduzir tudo de maneira hilária, ele tenta consertar as opiniões provocativas de seu avô mau humorado e controlar o cachorro, que também cria situações muito agradáveis. O choque cultural do autor com o tradutor e seu avô dá um toque bem interessante ao livro, apesar de não ter destaque. 
 O livro não é maravilhoso como todo mundo diz, mas é muito legal. Tentarei ler  as narrativas completar , a primeira toda, então a segunda toda, para tentar entender melhor e conto para vocês.

Beijooos!
AMY XO 

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