Vale a pena #2 - Renascimento e Humanismo

Olá gente!

Dando continuação ao nosso pequeno estudo literário sobre o universo das escolas hoje falaremos sobre o Renascimento e o Humanismo, duas escolas importantíssimas para época e que ajudou a gerar grandes mudanças sociais.
 Se você ainda não conhece essa coluna do blog, deixa eu te explicar. Postarei o resumo e alguns livros, sobre uma determinada escola literária, em ordem de surgimento. Isso me ajudará a assimilar todas e á vocês também, tirando que vai te ajudar a descobrir qual seu estilo favorito.
 Mas vamos ao que interessa.

O Renascimento, acho que muita gente sabe o que é , foi a renovação, o ressurgimento da cultura no fim da Idade média. Na época tudo era muito controlada pela igreja e após muitos movimentos, a libertação intelectual de alguns homens, alguns membros da sociedade ( principalmente os burgueses ) começaram a exigir maior liberdade artística e a fazer algumas mudanças nas artes em geral, focando menos na religião e mais em si próprio e suas necessidades, de todas essas mudanças nasceu o Humanismo.
 Junto com todo essa movimento surgir as prosas doutrinárias dirigidas á nobreza, que os orientava ao convívio social e as virtudes morais, visando a perfeição. As poesias utilizavam versos de 7 e 5 sílabas.

 Todo esse movimento começou na Itália e foi um dos marcos do fim do feudalismo.

 Primeiro escritor Humanista. 

Francesco Petrarca - Soneto XXV

Esteja eu onde as ervas o sol corte,
E onde por neve o sol seja vencido,
E onde seja o seu carro amortecido,
Esteja a Leste, a Oeste, a Sul e a Norte;

Seja humilde ou soberba a minha sorte,
Seja severo o céu ou denegrido,
Seja o dia afinal breve ou comprido,
Seja eu moço ou esteja quase à morte.

No céu esteja ou na terra prendido
Ou pelo mar ou num vale palustre,
Seja eu corpo ou esprito esclarecido.

Seja obscuro meu nome ou seja ilustre,
Eu sempre viverei como hei vivido,
Com meu ardente suspirar trilustre.


Giovanni Boccaccio - Decamerão ( Você não sabia que essa série era Humanista né? ) 

Com subtítulo de "Príncipe Galeotto", o Decamerão marca com certa nitidez o período de transição vivido na Europa com o fim da Idade Média, após o advento da Peste Negra - aliás é neste período de terror que a narrativa se passa.

Dez jovens (sete moças e três rapazes) fogem das cidades tomadas pela pandemia que dizimava impiedosamente o continente europeu ao se recolherem a uma casa de campo. Aconselhados por Pampinéia, a mais velha entre as mulheres, estabaleceram que escolheriam um chefe para o grupo para cada dia. Sendo ela a primeira escolhida, definiu: "(...)Para os que vierem depois, o processo de escolha será o seguinte: quando se vier aproximando a hora do surgimento de Vênus, no céu, à tarde, o chefe será, à vez de cada um, escolhido por aquele, ou aquela, que estiver comandando durante o dia.(...)"

O Decamerão, rompendo com a mítica literatura medieval, é considerada a primeira obra realista da literatura.

As circunstâncias descritas em Decamerão têm o senso medieval de numerologia e significados místicos. Por exemplo, é amplamente acreditado que as sete moças representam as Quatro Virtudes Cardinais (Prudência, Justiça, Fortaleza, Temperança) e as Três Virtudes Teologais (Fé, Esperança e Caridade). E mais além é suposto que os três homens representam a Divisão da Alma em Três Partes (Razão, Ira e Luxúria) da tradição helênica.

As moças tinham idade entre 18 e 28 anos, eram bonitas e de origem nobre, e seu comportamento honesto. Agrupadas por acaso na igreja de Santa Maria Novela, resolvem continuar juntas e logo surgem três moços, com idade a partir dos 25 anos, agradáveis e bem educados, que procuravam suas amadas, que eram 3 das moças ali reunidas.

A farsa de Inês Perreira - Gil Vincente

Inês Pereira é uma jovem solteira que sofre a pressão constante do casamento, e reclama da sorte por estar presa em casa, aos serviços domésticos, cansando-se deles. Imagina Inês casar-se com um homem que ao mesmo tempo seja alegre, bem-humorado, galante e que goste de dançar e cantar, o que já se percebe na primeira conversa que estabelece com sua mãe e Leonor Vaz. Essas duas têm uma visão mais prática do matrimônio: o que importa é que o marido cumpra suas obrigações financeiras, enquanto que Inês está apenas preocupada com o lado prazeroso, cortesão.





Tomara que vocês se deem bem na próxima prova que vocês farão sobre Humanismo é tudo tão mais simples assim.

BEijosss!!
 AMY

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